Graduação em Medicina na Argentina – Dicas e Preços
O número de brasileiros quem buscam fazer medicina na Argentina é muito grande – e os brasileiros não são os únicos que procuram terras hermanas para conseguir o diploma na área da saúde. No país mais de 20 mil estrangeiros fazem cursos de graduação, mestrado e doutorado, e a corrida dos brasileiros ao país vizinho tem explicação: a primeira é que não é necessário fazer vestibular para ingressar no curso, diferentemente do Brasil, onde os processos seletivos são rigorosos. O valor do curso também pesa na decisão. Enquanto aqui o aluno pode pagar valores altos, de até sete mil reais, em uma instituição privada, lá esse gasto fica mais barato, com mensalidades em torno de mil reais. O custo de vida também não pesa muito, já que a economia do país vizinho não anda bem das pernas.
Entre as instituições mais procuradas está a Universidade de Buenos Aires (UBA), que formou três ganhadores do prêmio Nobel de Medicina. Por ser pública, o aluno terá despesas apenas com material didático e com sua manutenção no país, como transporte, alimentação e moradia. Estima-se que aproximadamente 2,5 mil brasileiros estudem em Buenos Aires.
Porque cursar Medicina na Argentina?
Muitos interessados em cursar medicina na Argentina recorrem a empresas que intermediam junto às universidade a regularização dos documentos. O interesse das universidades argentinas nos alunos brasileiros é tão grande que uma filial da Fundação Héctor Barceló foi aberta em São Tomé, cidade vizinha à fronteira de São Borja, no Rio Grande do Sul. Para serem admitidos numa faculdade pública argentina os brasileiros fazem o Ciclo Básico Comu (CBC), um curso pré-graduação, com duração de aproximadamente um ano. Para os que escolhem a medicina o curso dá ênfase às aulas de biologia e química e já consta como o primeiro ano na universidade. Muitos candidatos (aproximadamente 20%) desistem da carreira no período em que fazem o CBC.
Os estudantes de medicina brasileiros podem ter alguns problemas durante sua caminhada. Uma delas, muito comum, é com o visto. Muitos entram com o visto de turista e o renovam a cada 90 dias, mas se a situação não for regularizada até o fim do primeiro ano, ele corre o risco de, no futuro, não conseguir a revalidação do diploma no Brasil. Outro complicador é quanto à carga horária do curso: nas universidades argentinas ele fica em torno de seis mil horas, enquanto aqui no Brasil o Ministério da Educação e Cultura (MEC) exige o mínimo de 7,2 mil horas estudadas. É comum que, ao retornar ao país de origem, o aluno brasileiro tenha que fazer um complemento.
Entidades médicas brasileiras demonstram preocupação com a formação dos brasileiros no exterior, questionando principalmente a qualidade do ensino prestado no país vizinho, e cobram rigor do governo na revalidação do diploma. Assim como no Brasil, ao fim do curso o aluno deverá ser aprovado por uma banca examinadora para receber o diploma de médico.
Para que o título seja reconhecido no país este deverá ser revalidado, sendo submetido a reconhecimento por uma universidade brasileira, escolhida pelo aluno, que lecione o curso de graduação de escolha e que o mesmo seja avaliado e reconhecido, na mesma área do conhecimento e em nível equivalente ou superior.
Agora se você já fez sua graduação na Argentina ou no Brasil, aproveite para fazer o seu mestrado na Argentina é o melhor custo beneficio.