Graduação

5 motivos para não ter medo de mudar de curso

A sociedade impõe que os estudantes decidam os cursos que pretendem cursar na graduação muito cedo, alguns com apenas 17 anos. Mas será que eles estão prontos, será que eles já sabem o que querem fazer para o resto da vida? Muitas das vezes, não.

Nos últimos dez anos, o índice de evasão nos cursos de universidades federais foi de 35% a 40%. Várias são as razões que explicam a saída dos alunos antes de se formarem. Alguns simplesmente se desencantam com o curso, e muito disso ocorre porque o candidato à vaga não tem acesso a uma quantidade importante de informações sobre a faculdade ou não se identifica com a profissão e com as disciplinas lecionadas. Cada vez mais é possível conhecer estudantes mudando de cursos, às vezes somente uma vez, às vezes até três, quatro. Mas por que será que isso acontece?

Muitos alunos do ensino médio não têm acesso o suficiente com as profissões disponíveis no mercado, nem com os cursos oferecidos pelas universidades. E, mesmo quanto elas oferecem feiras de profissões, como a PUC Aberta, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, o interesse em participar não é alto. Falta divulgação da feira nos colégios da cidade, além de um despertar de interesse. Vários alunos acham que já fizeram suas escolhas para os vestibulares, mas somente no primeiro semestre de curso descobrem que aquilo não era exatamente o que queriam.

O resultado? Alguns trocam de curso, alguns abandonam a faculdade, e alguns continuam na graduação que não gosta, apenas para terminar e obter um diploma “qualquer”. Para aqueles que preferiram não trocar de curso por medo, talvez de se atrasar, talvez de se decepcionar novamente, por que tanto medo? Pensando nisso, o Mundo Graduado resolveu fazer uma lista de motivos para você não ter medo!

1 – Não é um atraso, mas sim um complemento.

Para quem acha que trocar de cursos vai acabar atrasando a formação, a experiência profissional e o futuro como adulto, está errado. Por mais que atrase a formação, não quer dizer que você será uma pessoa atrasada dentre as outras! Trocar de curso é uma adição de conhecimento: o que você aprende no primeiro curso, complementa o segundo, e, no futuro, poderá se tornar um profissional mais preparado!

2 – Se você é novo, acalme os ânimos! Tem muita vida pela frente 🙂

Muitos estudantes terminam o terceiro ano com apenas 17 anos, e entram na faculdade muito novos. Como a maioria dos cursos possuem entre 4 e 5 anos de duração, com apenas 22 anos é possível estar formado com um diploma de segundo grau. Então, ao invés de ter essa pressa de se formar logo, mesmo em um curso que você não goste muito, por que não procurar uma área em que se identifica realmente, e aumentar o conhecimento? Se formar com mais de 23 anos não é um atraso, como dito na dica 1. Fiquem tranquilos!

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3 – Quanto mais gente conhecer, melhor.

A troca de cursos pode aumentar sua network – conhecer pessoas de outras áreas é muito bom para complementar não só sua formação, mas sua experiência profissional. No momento nem pensamos em manter contato com tal pessoa. Mas e se no futuro, ela for útil para uma entrevista, ajuda, ou até parceria? Profissionais de outros cursos são sempre interessantes de manter por perto.

4 – Ainda dá para aproveitar matérias!

Para quem tem medo de se atrasar e ter que começar toda a graduação de novo, não se preocupe. Dependendo da mudança, algumas matérias podem ser aproveitadas e canceladas – se você as fez no primeiro curso, pode simplesmente eliminá-las no segundo e começar o semestre com matérias novas. Mas fique atento! Fica à escolha da universidade decidir eliminar disciplinas ou não. Tenha as ementas e histórico em mãos ao se matricular em um novo curso, pois eliminar as matérias depois de o semestre ter começado é muito mais burocrático!

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5 – Será que você tem certeza da mudança?

Se a sua vontade de mudar de curso é por causa das matérias teóricas e básicas dos três/quatro primeiros semestres, reveja isso! Na maioria dos cursos, o ciclo básico é formado por matérias de introdução, teóricas e pouco ligadas diretamente ao foco específico do curso. Mas não desanime! Procure outros estudantes que estejam em períodos mais avançados e converse com eles, veja o que eles têm a dizer do curso. Veja a grade de disciplinas (normalmente disponível no site da faculdade), e procure saber como o curso é nos períodos mais adiante. Não desanime!

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